Governança por rankings ou ratings, uma questão de escolha.

“O que pode ser medido pode ser melhorado” pai da
administração moderna, Peter Drucker (1909/2005).

A governança por ranking é uma forma de gerir a administração, seja pública ou privada, a partir de dados objetivos, impessoais, quantitativos que refletem o resultado de ação ou o produto decorrente dos insumos utilizados no processo de produção. O rating é uma forma de avaliação de produto ou serviço a partir de elementos subjetivos, gostos e preferência, e utilizam símbolos, letras, números, sinais.

Como exemplo de ranking, podemos citar o Índice FIRJAM que mede desenvolvimento municipal, utilizando como parâmetro dados da área da saúde, educação e finanças publicas dos municípios. Além disso, temos o IDEB que mede a qualidade da educação publica do Brasil, dos Estados e dos Municípios e o IEGE, Índice de Efetividade Gestão do Estado, este índice é usado no estado do Piauí.

Já o uso de ratings pode citar a avaliação dos atendimentos dos gerentes de bancos, a avaliação de atendimento das operadoras de cartão, os índices de avaliação de risco das agencias internacionais, até mesmo a avaliação do motorista de Uber ou d0 99.

A partir dos parâmetros definidos é possível definir índices que pode ser utilizado para fazer uma comparação entre países, regiões, municípios, empresas, órgãos, seja uns com os outros no mesmo período de tempo, que poderíamos chamar de análise vertical, ou dentro sequencia histórica, comparar consigo mesmo em um determinado intervalo de tempo, análise horizontal.

A mola mestra do mecanismo de ranking é a competição ou cooperação através da sua gestão. O uso de índices baseados em critérios quantitativos com alto grau de impessoalidade, através de parâmetros objetivos tem um grande reconhecimento social. Com isso, a sociedade poder avaliar o melhor gestor, a melhor prática na condução da gestão dos limitados recursos públicos, tornando possível assim, uma comparação e um juízo de valor sobre a atuação dos gestores.

O Sistema de Gestão por Ranking e Ratings (SGRR) permite o uso de recompensa ou incentivos associados ao bom desempenho das suas ações. Os estímulos positivos podem ser o reconhecimento público, a valorização da ação,
prêmios, ser um padrão de desempenho a ser seguido. Existe também, a situações em que, as metas e os resultados são paradigmas para outros gestores no sentindo de melhorar a sua performance. Portanto, abre-se um amplo grau de incentivo ou competição de poder/querer fazer parte de determinados listas de grupos (ser os melhores).

Esta competição ou concorrência podem promover uma mudança na condução da gestão seja ela, pública o privada, no sentido de aprimorar suas ações para ter este reconhecimento público.

O uso de banco de dados sobre determinadas atividades ou produtos possibilitam a criação de um índice ou parâmetro que mede uma relação entre duas variáveis objetivas (quantidade, valor, índices) que, dentro de um contexto comparativo e numa determinada ordem, possibilita fazer inferências sobre determinado desempenho de determinado resultados operacionais ou ações e, a partir destes, é possível tomar novas decisões.

Caso estes índices sejam adicionado/combinado entre si formam outro índice, construto. Se, por um lado, este produto de índices formando um novo índice, constructo, permitido um informação sintetizada, por outro lado, afasta da realidade concreta tornada à análise mais abstrata.

A partir desta forma de gestão por ranking ou ratings o TCE PI pode desenvolver uma abordagem que envolve a criação de índices seja dos jurisdicionados a fim de fazer análises comparativas e desenvolver ações especificas e
planejadas, abrindo assim, um espaço para ações racionalizadas e direcionadas. Além disso, possibilita também, a criação de listas de desempenho (Table List) onde poderia haver divulgação dos melhores processos de auditorias internos ou dos gestores públicos, com isso, promovendo uma competição ou concorrência para adoção de novas praticas por indução de ações positivas.

Esta forma de gestão por ranking pode levar a um processo de melhoria continuada no serviço público rumo a um patamar mais elevado com consistência e maturidade necessária para que seja duradoura.

Omir Honorato Filho, bacharel em Ciências Econômicas pela UFV,
auditor do controle externo da III DFAM do TCE PI, estudante do
MBA em Auditoria e Inovação da USP/FEA.

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