Bernardo Caram
O Ministro Paulo Guedes (Economia) afirmou nesta segunda -feira (23 ) que, do ponto de vista do governo, não haverá do auxílio emergencial para 2021. Segundo ele, a pandemia de corona vírus esta cedendo no país e a atividade econômica está voltando.
Em vídeo conferencia promovida pelas plataformas de investimentos Empiricus e Vetrio, o ministro afirmou que o beneficio pago a informais poderia ter duração de até um uno se o valor das parcelas fossem menor, de R$ 200 reais como propôs inicialmente a equipe econômica.
Reconhecendo que o valor de R$ de 600 reais e prorrogação com parcelas de R$ 300 reais até dezembro tiveram apoio do governo, ele afirmou que o programa acabou demandando muitos recursos do Tesouro Nacional.
“Os fatos são que a doença cedeu bastante e a economia voltou com muita força. Então, do ponto de vista do governo não existe a prorrogação de auxilio emergencial”, afirmou.
O ministro disse que a pressão politica para que seja mais uma renovação da assistência. Ele ponderou que as ações do executivo serão baseadas em evidências e o governo saberá como reagir em eventual situação de emergência, o que não esta nos planos no momento.
O auxilio emergencial foi criado originalmente para durar 3 meses (tendo como base os meses de abril, maio e junho) depois, o governo prorrogou por duas parcela (julho e agosto). O valor de R$ 600 reais foi mantido em todo este período.
Inicialmente, Guedes propôs parcelas de 200 por beneficiário. O congresso pressionou por um aumento por R$ 500 mas o valor acabou fechado em R$ 600 após aval do presidente Jair Bolsonaro.
Depois, o beneficio foi novamente prorrogado no valor de R$ 300, até dezembro.
O auxilio emergencial é a medida mais cara do pacote anticrise, e já demanda 322 bilhões em recursos considerando as nove parcelas.
O programa foi instituído após o agravamento da crise de saúde, com o objetivo de dar assistência a trabalhadores informais fortemente, impactados pelas politicas de isolamento social e restrições de circulação nas cidades.
O plano inicial da equipe econômica previa que o fim do auxilio em dezembro seria interligado a uma ampliação do Bolsa Família, que seria rebatizado de Renda Brasil. A proposta acabou travada após vetos de Bolsonaro e divergências com o Congresso.
Segundo Guedes, a nova assistência ainda esta no radar no ministério da economia. Ele disse que o desenho prever a focalização de outros programas existentes hoje, algo que já foi barrado pelo presidente. Os gastos do governo com a pandemia elevaram a divida publica brasileira ao mesmo tempo em que as incertezas em relação a economia provocaram uma elevação das taxas futuras de juros e encurtamento de vencimentos dos títulos.
Na videoconferência, o ministro afirmou que dos R$ 600 bilhões em títulos públicos a vencer nos primeiros quatro meses de 2021, metade já esta garantida pelo governo. Segundo ele, R$ 200 bilhões viram de transferência de lucro do bando central para o tesouro. Outros R$ 100 bilhões, de devolução de recursos públicos à união.
“Estamos tomando nossos cuidados aqui. Não achamos que estamos numa situação dramática. Se nossas reformas avançarem isso vai acontecer com muita tranquilidade,” Disse.
Guedes defendeu a aceleração de privatizações para ampliar o abatimento da dívida pública. Ao citar os Correios como prioridade de venda, ele disse que a empresa estatal é um ativo importante em um momento de forte crescimento das vendas de produtos pela internet.
“ Antes que isso perca o valor econômico, se deteriore, é melhor nós vendermos o ativo’’ , afirmou.
Segundo ele os recursos arrecadados com a venda põem ser usados “ até para podermos honrar a aposentadoria do funcionalismo’’ , fazer caixa, reduzi divida e liberar recursos para outras aréas.
Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/11/economia-esta-voltando-e-auxilio-emergencial-acaba-no-final-do-ano-diz-guedes
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