Segundo a Associación Española de Contabilidad y Administracíon de Empresas, a utilização e a aplicação de técnicas de gestão, como por exemplo, os indicadores para medir e comparar o desempenho dos gestores no setor público, são muito mais complicados, se comparadas com o setor privado. Algumas das limitações mais conhecidas são a falta de indicadores, a dificuldade para fixar e quantificar os objetivos sociais, a utilização de termos não monetários, a falta de clareza nos objetivos, metas e atividades realizadas, entre outros não menos importantes.
A implantação e a utilização de qualquer sistema de controle para a medição da gestão causam diversos tipos de problemas entre os funcionários da entidade, gerando todo tipo de resistência; ainda mais quando na medição da gestão é minimizada a subjetividade através do uso de indicadores. A chave do sucesso para a implantação, normalmente, está em abordar o problema com uma estratégia de informação e participação geral persuadindo aos funcionários quanto ao espírito crítico deste instrumento, permitindo o melhoramento contínuo (kaizen) da gestão. As resistências são maiores quando os sistemas de controle incrementa a transparência da gestão, dificultando manejos inadequados dos recursos administrados, entre outras.
Quiça o problema principal na implementação de sistemas de controle de gestão na administração pública seja a dificuldade na mensuração do custo das entradas (inputs), da qualidade das saídas ou serviços (outputs) e dos efeitos ou benefícios advindos (outcomes). A dificuldade de mensurar, primeiramente, os objetivos sociais de um programa ou atividade pública e, em segundo lugar, os efeitos favoráveis ou desfavoráveis derivados de outro programa ou atividade representa outra importante limitação à utilização de sistemas de Controle de Gestão através de indicadores.
De qualquer forma, os benefícios da utilização de indicadores para avaliar a gestão pública superam as limitações apresentadas. Apesar das dificuldades, os produtos ou outputs devem ser medidos e confrontados: a) com outros de similares características; b) com eles mesmo no transcorrer do tempo; c) com os outputs esperados; d) com outputs preestabelecidos como padrões de referência. Ë preciso, também, confrontar estes outputs com o custo, qualidade, benefício, inputs utilizados, etc., relacionados ao serviço. Esta informação servirá de banco de dados no desenho dos indicadores adequados para avaliar a gestão em qualquer perspectiva (eficiência, eficácia, economia, etc.).
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